sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Um dia de fúria velada - parte I


Sabe quando vc planeja tudo e aí vem Murphy e acaba com a tua graça? Pois é, eu não sabia o que era isso, pois nunca fui de planejar as coisas... Mas dessa vez, não: dessa vez, eu quis fazer tudo certo. E deu tudo errado! Puta que pariu! É a lei de Murphy em dobro! Pq? Olha só, eu tô de férias e, pra aproveitar, pensei em planejar um dia de visitas a pontos turísticos do centro da cidade. Eu e meu companheiro de aventuras. Pensei assim: a gente acorda cedo, vai prum lindo passeio na Ilha Fiscal, depois, vamos almoçar num restaurante bem gostosinho, em seguida, vamos à visita guiada no Municipal e, se não estiver tendo devido às obras (até nisso eu pensei!), a gente vai pra Igreja do Outeiro da Glória, depois, a gente vai no mosteiro de S. Bento e, pra fechar a tarde com chave de ouro, chá da tarde na Colombo. Perfeito!

Acordei cedo. Eu. Dia ensolarado, fiz cafezinho-da-manhã e sussurrei com muito carinho "vamos, Vida!". Vida virou pra lá e pra cá e, depois de uns 40 minutinhos, pensou em levantar. Nisso, pensei "vou me arrumar logo, pra todo mundo ficar feliz". Foi o que fiz, mas Vida foi resolver problemas da vida na internet. Até aí, tudo bem - dos males, o menor, vamos deixar os problemas em casa. Duas horas depois, na porta de saída, ouvi a sentença tenebrosa. "Vamos levar o carrinho do Juju pra trocar logo pela mochila do Ben 10!" "Vida, eu não queria ir nas Americanas hoje, muito menos, ficar andando com uma sacola pesada...". "Eu carrego dentro da minha mochila." Tá.

Meia hora depois, a glória - encontramos com Juju, e toda a família na Dias da Cruz! Vamos, vamos dar a mochila pra eles levarem logo pra casa! Vamos sim, mas vamos também ao Banco do Brasil finalizar a resolução de um problema, com todo mundo junto e, depois, vamos almoçar - delícia! Eu realmente adoro minha família, mas confesso que, nessa hora, lancei mão de uma máxima que me conforta em muitas ocasiões: fudida, fudida e meio!

Barriguinha cheia, voltamos o curso da viagem ao roteiro original: centro da cidade. "Vida, vamos de frescão?!". Eu nem cogitei ir de táxi porque não era realmente necessário, o frescão resolveria o problema do calor na viagem e sairia mto mais barato, mas... "Você sacou dinheiro?" "Eu não, vida!" "Vamos então de ônibus comum, pq eu quero comprar o jornal ali na banca." Perseverante, novamente pensei "dos males, o menor" - ainda estava realmente pensando que seria o menor, afinal, Vida estava de boa vontade pra fazer o meu plano... (!?) E, pra completar, qualquer ônibus que passar aqui serve pra gente. Vai ser tranq!


300 minutos depois, minha bunda tava cozinhando em banho-maria naquele banco de plástico - e a porra do ônibus chacoalhava mais que carroça de boi!. "Porra, motorista, não é a tua mãe que tá aqui atrás, não, o filho da puta!", pensei, pq não tenho coragem de falar essas coisas (só de pensar e escrever...). Merda! Pq eu não atravessei a rua e saquei a porra do dinheiro?! Respirei fundo e contei até mil, tentando relaxar e pensei "pelo menos, já tá perto de saltar - já, já, estaremos numa escuna maravilhosa, com a brisa do mar em nossos cabelos".

3 comentários:

Cesar disse...

CAdê o resto da história? vamos blogueira estou curioso para saber o desfecho!!!! GRande beijo amiga!!!
By Cesar Bittencourt

Ana Christina disse...

Tb não teve escuna, mas vc teve a minha companhia!!! rsrsrs
Além do chá da tarde na Colombo!!!
Bj

Unknown disse...

Â-râ!
Homens... é foda.
Mas já tô rindo aqui da sua desgraça! Mui amiga né?